ESCOLA:
E.E.PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO
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DISCIPLINA: História SÉRIE/ANO: 1° E.M
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PROFESSOR: Amauri Matos
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NOME DO ALUNO: Nº
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CONTEÚDO:
Histórias sobre ser mulher HORAS/AULA: 4
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PERÍODO: DATA DE ENVIO: DATA
DE ENTREGA:
06/07/2020 21.07.2020
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Objeto de conhecimento
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O papel da mulher na Grécia e em Roma, e no período
medieval.
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Habilidade
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(EF06HI19)
Descrever e analisar os diferentes papéis sociais das mulheres no mundo
antigo e nas sociedades medievais.
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A condição da mulher na sociedade variou muito ao longo da
história. O exercício de direitos, o cumprimento de deveres, as representações,
as formas de ser e de viver das mulheres de diferentes épocas e lugares foram
influenciados pelos contextos
históricos,
políticos e sociais dos quais elas faziam parte. Refletir sobre a condição
feminina ajuda a compreender melhor esses contextos. Ao mesmo tempo, lança luz
sobre as contradições do mundo em que vivemos.
Iremos
estabelecer uma comparação entre o “ser mulher” na Grécia e na Roma antigas. Para finalizar, vamos
refletir sobre as conquistas e os desafios das mulheres brasileiras nos dias de
hoje.
Parte 1
Leia agora o Texto 1 e 2 sobre a vida das mulheres na Roma Antiga.
Texto 1
Em todas as fases da vida, havia
muitas diferenças entre homens e mulheres da Grécia Antiga. As mulheres gregas
abastadas viviam separadas dos homens em cômodos diferentes reservados a elas
dentro da casa, chamados de gineceus, onde ficavam confinadas a maior parte do
tempo. As mansões da elite eram divididas em duas partes, masculina e feminina.
As meninas também pouco contato tinham com os meninos depois da primeira
infância, como mandava a “boa
educação”. Elas tinham brinquedos que se
referiam à vida que teriam como adultas, basicamente como mães e donas de casa,
dedicadas à costura da lã, ao cuidado dos filhos e ao comando dos escravos
domésticos.
[...]
Com relação à reprodução da espécie,
os gregos acreditavam que o sêmen encontrava na mulher apenas um terreno para
que desenvolvesse e uma criança fosse produzida. [...] Se uma mulher não
produzisse filhos, por esse raciocínio, isso se devia
a uma falha
dela e
o marido
podia divorciar-se
justificadamente.
FUNARI,
Pedro Paulo. Grécia e Roma. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2015. p. 43-46.
Texto 2
[...] Elas [as mulheres] nunca foram
consideradas cidadãs e, portanto, não podiam exercer cargos públicos. No
entanto, provavelmente por influência dos costumes etruscos, mais liberais com
relação a elas, as romanas não viviam isoladas, como as gregas, estavam sempre
fisicamente presentes, tanto na vida doméstica, como na vida pública. As
mulheres romanas
podiam ser educadas e chegavam a tomar parte das
campanhas eleitorais, assim como a escrever poesias.
FUNARI,
Pedro Paulo. Grécia e Roma. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2015. p. 94.
Você acha que há semelhanças ou diferenças nas formas como
viviam as mulheres citadas nos textos? Quais?
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Parte 2
As
mulheres gregas não participavam da política e estavam sempre subordinadas a
um
homem – inicialmente, o pai; depois, o
marido. Eram destinadas ao casamento,
que
era arranjado pelos homens, e tinham a obrigação de se tornarem mães. Viviam
dedicadas aos cuidados domésticos e familiares. Contribuíam em rituais públicos
religiosos,
o que, de certa forma, lhes conferia atuação pública na sociedade. Na
democracia de Atenas, apenas os homens atenienses adultos e livres eram
considerados cidadãos.
As
mulheres romanas, por sua vez, também exerciam prioritariamente as funções
domésticas e com a família. De forma semelhante ao que ocorria na Grécia, elas
eram
educadas desde cedo para esse fim e deviam submissão aos homens. Talvez a
diferença essencial estivesse na participação pública dessas mulheres e na
possibilidade
de exercerem diferentes ofícios e conquistarem renda própria. As
mulheres romanas tinham influência na vida política, embora
não pudessem ocupar
postos
na magistratura, mas podiam, entre outras coisas, adquirir terras. Mulheres que
ficavam viúvas – geralmente em razão da morte do
marido na guerra –
assumiam a função de administrar a família, inclusive gerindo
recursos financeiros.
Atividade
Preencha a tabela com a letra G, R e N, representando
respectivamente “Mulheres da
Grécia”, “Mulheres de Roma” e “Nenhuma das duas alternativas”. Pesquise na internet ou seu livro didático se
quiser.
Exemplo
Viviam sob a autoridade de
um homem, que podia ser o pai ou o marido, por exemplo.
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G/R
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Tinham a responsabilidade
plena sobre os afazeres domésticos e os cuidados com a família.
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Podiam assumir cargos no
governo.
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Participavam de rituais religiosos, o que basicamente era o
que lhes dava alguma visibilidade na sociedade.
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Podiam frequentar espaços
públicos, adquirir terras e administrar a família na ausência do marido.
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Podiam participar das
assembleias.
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Havia deusas em sua
mitologia, e não apenas deuses.
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Podiam servir ao exército.
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Observe a imagem:
A
respeito da condição da mulher na sociedade brasileira no que tange às lutas e
às conquistas sociais as mulheres nem sempre puderam exercer direitos políticos
como hoje. Porém, ainda há muita discussão quanto a posição social das mulheres
no Brasil atual.
Sub-representadas, existem poucas mulheres nos poderes
Legislativo e Executivo. Em
2017,
por exemplo, dos 513 deputados federais somente 51 eram mulheres. Também no
poder Judiciário há menos mulheres do que homens.
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[...] as mulheres no Brasil não são uma minoria.
Somadas, elas compõem 51,48% da população nacional. Podem votar, chefiar
famílias, trabalhar em diversos campos, concorrer a cargos públicos, comandar
empresas e até mesmo governar a nação. Mas há uma grande diferença entre o
poder, teórico, e o conseguir, prático. [...] Mulheres brasileiras têm menor
remuneração, sofrem mais assédio, são mais sujeitas ao desemprego e estão
sub-representadas na política. [...] O feminicídio é tão frequente que o Brasil
é o quinto país com maior taxa de assassinato de pessoas devido à sua condição
de serem mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). [...] Mesmo
com a população feminina tendo, em média, maior escolaridade, na hora de buscar
um emprego e receber o salário, as mulheres ainda são prejudicadas. Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último semestre de
2017 as mulheres brasileiras ganhavam em média R$ 1.879, enquanto os homens
recebiam em média R$
2.469, uma diferença de 24%. [...]
A cada
hora, 503 mulheres brasileiras são vítimas de violência, segundo
levantamento do Datafolha. [...]
Disponível em:
<https://fundacaotidesetubal.org.br/noticias/3839/desigualdade-de-genero-no-brasil-uma-realidade-perigosa>.
Depois de
o texto ser lido, responda no caderno às seguintes questões:
1. O que significa dizer que
as mulheres compõem 51,48% da população nacional?
a)
Significa que elas são uma minoria na população
brasileira.
b)
Significa que homens e mulheres têm participação
igual em termos de porcentagem na população brasileira.
c)
Significa que elas representam um pouco mais da
metade da população do Brasil.
d)
Significa que a participação delas na composição
da população não tem importância.
e)
Significa que essa participação se reflete em
melhores salários para as mulheres.
2.
Considerando a segunda frase do texto, pode-se
dizer que a condição das mulheres brasileiras é a mesma que a das mulheres na
Grécia e em Roma antigas? ____________________________________________________________________
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3.
Reescreva a frase em que se mostra a diferença
salarial entre homem e mulher no Brasil.
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4.
Quantas mulheres são vítimas de violência a cada
hora no Brasil?
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5.
Na sua opinião, a vida das mulheres é melhor
hoje do que era na Grécia e em Roma na Antiguidade?
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6.
Na sua opinião, o que poderia ser feito para
diminuir a discriminação e a violência contra as mulheres?
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