ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO
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DISCIPLINA: Geografia
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SÉRIE: 1ª Série do Médio
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PROFESSOR: Loren Evelyn
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CONTEÚDO: GEOPOLÍTICA DO
MUNDO CONTEMPORÂNEO
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HORAS/AULA: 2
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PERÍODO: DATA DE ENVIO: 11/5
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DATA DE ENTREGA: 22/5
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OBJETIVO DA AULA: compreender o papel dos Estados Unidos da América e a
Nova “Desordem” Mundial, além dos conflitos regionais e os deserdados da Nova
Ordem Mundial.
JUSTIFICATIVA: os Estados Unidos da América
despontaram como uma superpotência mundial com o fim da União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas - URSS e, consequentemente, o fim da Guerra Fria,
pairando no ar a ilusão de uma atmosfera de paz mundial e fim das rivalidades
políticas e econômicas.
ATIVIDADE 1: O QUE É PRA FAZER?
Questões
Leia o texto a seguir:
HQs do Capitão
América reafirmam mitos nacionais norte-americanos
Há 73 anos, com a entrada dos Estados
Unidos na Segunda Guerra Mundial, a Timely Comics, atualmente Marvel Comics,
levou ao público norte-americano um super-herói novo e totalmente singular.
Trata-se do Capitão América, personagem criado por Joe Simon e Jack Kirby,
que surgiu estampando a bandeira de seu país em seus trajes de super-herói e
se engajando em combater os inimigos dos EUA.
Se suas primeiras histórias estavam
profundamente conectadas com os esforços e a propaganda de guerra
norte-americana para derrotar a ameaça nazista e fascista, com o fim da
Segunda Guerra Mundial, o Capitão América passou por muitas transformações.
As HQs continuaram a ser publicadas – no entanto, o personagem passou pelas
mãos de diferentes equipes criativas, que procuraram fazer modificações ou
ajustes para mantê-lo atualizado a um mercado consumidor e conjunturas
políticas e culturais em constante mudança. Isso é o que mostra Rodrigo
Aparecido de Araújo Pedroso, em dissertação de mestrado Vestindo ainda mais a
bandeira dos EUA: o Capitão América pós-atentados de 11 de setembro.
As mudanças apontadas por Rodrigo
caracterizam, segundo ele, tentativas, em certa medida, de adaptar os
quadrinhos a novos contextos históricos, relacionando o herói a fatos
considerados importantes ligados à política interna e externa dos Estados
Unidos, mais recentemente, a guerra contra o terror. Assim, um ano depois da
tragédia que marcou a história dos norte-americanos, a Marvel Comics
publicou, entre junho e dezembro de 2012, uma nova série de quadrinhos do
Capitão América ambientadas no contexto pós-11 de setembro. Essas histórias
foram escritas por John Ney Rieber e desenhadas por John Cassaday. O objetivo
era criar uma nova versão do herói que luta por uma versão dos Estados Unidos
ideal, ou seja, o Capitão América luta para transformar a realidade americana.
O pesquisador analisou a nova
configuração do personagem nessa série e a forma como ela dialoga com as
questões que estavam em pauta no contexto em que foram produzidas. Ele
observou, por exemplo, que, nessas histórias em quadrinhos pós-atentados de
11 de setembro, o Capitão América é mais do que um soldado lutando por seu
país: “Ele pode ser considerado uma representação de valores e ideais que
fazem parte do imaginário norte-americano e que remetem à Declaração de
Independência e a uma autosseleção do passado americano, onde fatos reais e
interpretações míticas da América estão unidos”, comenta o autor.
Rodrigo defende que o tema do
“sonho americano” está presente nas narrativas, em duas visões: uma é a busca
por ideais utópicos de liberdade e igualdade, que são considerados valores
universais imprescindíveis a todos os seres humanos. A outra visão é uma
busca por ideais individuais, pela “felicidade”, que muitas vezes se
manifesta de forma materialista (uma busca por bens, propriedades, riquezas,
entre outras coisas). O “novo” Capitão América encarna estas duas visões do
sonho americano. Assim, as HQs apresentam uma função que vai além de uma mera
propaganda ideológica patriótica. Elas reafirmam antigos “mitos nacionais” e
usam o poder mobilizador deles para gerar um cenário fictício onde estes, na
figura do Capitão América, se tornam uma alternativa válida para superar a
crise gerada pelos atentados de 11 de setembro.
Crítica e pacifismo
As histórias dessa série apresentam,
primeiro, o Capitão América tentando desesperadamente retirar alguém com vida
dos escombros das torres do World Trade Center e, depois, combatendo
terroristas que invadiram uma pequena cidade do interior e fizeram os
moradores reféns, cabendo ao herói livrar as pessoas dos inimigos. No
decorrer dessa aventura, o super-herói é levado a fazer uma viagem por suas
lembranças da Segunda Guerra, quando retorna à Alemanha para combater o
grande responsável pelo ataque à pequena cidade.
Rodrigo apresenta os dois principais
antagonistas dessas HQs: Faysal Al-Tariq e o Mestre dos terroristas. Por meio
de suas ações e discursos, trazem à tona fatos ignorados pelo Capitão América
e por grande parte dos cidadãos de seu país – o que permite ao HQ, segundo
Rodrigo, “questionar a pretensa ‘inocência’ dos EUA”. Ao confrontar esses
antagonistas, o Capitão América toma conhecimento de tais fatos, e isso
permite que ele reflita sobre o papel que seu país tem desempenhado ao longo
do século 20. As críticas que as HQs apresentam têm como tônica ressaltar o
caráter contestador e pacifista do personagem.
Rodrigo também mostra que, mesmo
refletindo alguns estereótipos com relação à religião muçulmana, os autores
das HQs procuraram não contribuir para incentivar a “cultura do medo”. Em vez
disso, transmitem mensagens de esperança, tolerância e união, como evidencia
a participação de um personagem chamado Samir na HQ, que perdoa seu agressor
e pede para que o Capitão o deixe ir. Samir também demonstra que sente muito
pela perda de seu conterrâneo nova-iorquino e, no penúltimo quadro, eles
apertam as mãos, em um claro sinal de reconciliação e respeito.
Com isso, as críticas e os
questionamentos expostos pelos autores das HQs, de certa forma, fazem parte
das discussões que ocorreram nos Estados Unidos após os atentados e o início
da guerra contra o terror. Embora suaves, constituem, segundo Rodrigo, um
aprofundamento das questões expostas no discurso do presidente Bush, somadas
ao questionamento da própria população norte-americana, de quais seriam as
reais intenções dessa nova guerra contra o terror e do papel dos EUA diante
desse novo cenário que se apresentava.
Após a leitura do texto, COPIE e RESPONDA as questões a seguir
no caderno:
a) Por quem e em qual contexto histórico foi criado
o Capitão América?
b) Qual a mensagem principal que o personagem
difunde nas suas histórias?
c) Como essa mensagem contribui para propagar os
valores estadunidenses?
d) Pesquise sobre outro personagem americano e
escreva em seu caderno um pequeno texto crítico salientando os contextos de
criação, as principais mensagens que os personagens propagam em suas
histórias e como essas mensagens contribuem com a propagação de valores ou
modo de vida americanos
e) O que foi o 11 de setembro, citado no texto? O
que seria a chamada “guerra ao terror”?
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