
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE
ESTADO DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO – REGIÃO DE APIAÍ
EE PROF. JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO – APIAI/SP
ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO |
|||
DISCIPLINA:
SOCIOLOGIA |
SÉRIE:1º
ANO A |
||
PROFESSOR:ANDRÉ
LUIZ COSMO |
|||
CONTEÚDO
Relativismo e etnocentrismo |
HORAS/AULA:02 |
||
PERÍODO:
DATA DE ENVIO:22/09/2020 QUARTA-FEIRA- QUINTA-FEIRA |
DATA DE
ENTREGA:30/09/2020 QUARTA-FEIRA- QUINTA-FEIRA |
||
Habilidade: Compreender que a humanidade só existe na diferença.
OBJETIVO DA AULA: Compreender
que a humanidade só existe na diferença.
Reflita!
“O homem é um animal amarrado a
teias de significados que ele mesmo teceu”. (Clifford Geertz)

Domínio da diferença
•
Vivemos em uma
rede tecida por relações simbólicas: o tecido é a cultura.
•
A cultura é uma
característica do ser humano como ser social.
•
Longe de formar
uma cultura única, a humanidade é feita de grandes diferenças culturais entre
territórios, história, língua, arte, crenças, hábitos e comportamentos.
•
Por meio da
cultura se estabelece uma relação entre os indivíduos e a sociedade.
•
É fundamental
conhecer o passado, ou seja, a herança cultural de uma sociedade para
entender a diversidade cultural presente em um povo.

Problemática
essencial: a diferença
É
fato que a cultura nos une enquanto seres humanos. Ela também nos
caracteriza como indivíduos DIFERENTES. Não existe ser humano fora da
cultura. Todo ser humano é parte de uma cultura.
Também
sabemos: não existe uma cultura “universal”, igual para todos os seres
humanos.
Nossa
cultura:
• Comer
arroz e feijão.
• Em
outras culturas:
• Em
culturas andinas, o milho é a base da alimentação.
• Em
muitas sociedades, a cor da roupa da noiva não é o branco.
• Casar
de branco.
Exercício
Como exercício, reflita sobre o que cada uma das cores
a seguir pode usualmente simbolizar no Brasil.
1) Amarelo.
2) Vermelho.
3) Preto.
4) Branco.
5) Verde.


Pergunta
O
que é mais comum: pensar que existe uma “cultura melhor que a outra” ou
valorizar as diferenças culturais?

Etnocentrismo e relativismo
Relação
com as diferenças culturais. Um queremos evitar e o outro queremos construir.
Etnocentrismo:
•
Grupos e
pessoas que consideram que sua cultura é
SUPERIOR em relação a outras culturas.
•
A sua comida é
melhor, povo e modo de viver são melhores.
•
Superior e
dominador.
•
Ex.: xenofobia,
racismo e preconceitos.
•
Relativismo
cultural:
•
Postura de se
colocar no lugar do outro sem julgá-lo.
•
Entender a
diferença do outro.
•
Para Franz
Boa, não existem culturas melhores ou piores, superiores
ou inferiores, e nenhuma serve de modelo para a outra.
•
É uma postura
violenta que não devemos ter.
O
relativismo cultural
•
O relativismo
cultural possibilita um maior afastamento
dos preconceitos, da discriminação e da intolerância, sendo o oposto do etnocentrismo,
tão presente em nossa sociedade e tão violento contra as diferenças.
•
Já o etnocentrismo
é o comportamento segundo o qual você avalia os outros povos a partir de sua
própria cultura. O problema do etnocentrismo é que ele não nos permite
compreender como os outros pensam, já que de antemão eu julgo os outros
conforme os meus padrões, de acordo com os valores e as ideias partilhados
pela minha cultura.
•
Para os
relativistas, é impossível afirmar que exista apenas uma concepção de “bom”,
“belo”, “gostoso” de uma maneira que seja “universal” para todas as culturas e
não seja violenta com a diversidade.
Aprendizados
humanos
Por que é
tão difícil para nós nos colocarmos no lugar do outro? Por que até hoje nós
confundimos diferença com inferioridade? Por que ao olhar alguém que se veste
diferente e tem hábitos diferentes a nossa tendência é achá-lo inferior?

Como, a partir do relativismo, devemos tratar certas
tradições que geram violações de direitos humanos, por exemplo, a situação das
mulheres em países muçulmanos como os Emirados Árabes, ou a circuncisão de
meninos ou meninas por motivos religiosos?
Aprendizados
humanos

A metáfora dos trens
Claude
Lévi-Strauss é um dos mais importantes antropólogos do século XX. Ele escreveu
um artigo chamado Raça e história, em que criticava a ideia de raça e o
etnocentrismo entre os povos, além de outros pontos.
Para
falar sobre a ideia de que existiriam culturas que não se moveriam ou se
transformariam e sobre o etnocentrismo, ele deu o exemplo do viajante do trem:
imaginem que cada cultura é um trem e nós somos os passageiros. Nós olhamos o mundo a partir do nosso trem.
Mas os trens caminham em direções opostas, em diferentes velocidades. Um viajante verá de modo diverso um trem que vai no sentido contrário, um trem que ultrapasse o seu ou outro que caminhe em uma outra direção.


A metáfora dos trens
Qual
é o trem que nós podemos olhar melhor?
Aquele
que caminha na mesma direção que o nosso e na mesma velocidade, ou seja, de
forma paralela.
Mas,
se cada trem é uma cultura, sabemos que as culturas não caminham todas na mesma
direção nem na mesma velocidade. Umas caminham mais rápido, outras caminham em
direções quase opostas. As culturas possuem formas diferentes de observar o
mundo. Cada uma tem o seu caminho, a sua direção e a sua velocidade. Se uma nos
parece parada, isso ocorre porque não conseguimos compreender o sentido do seu
desenvolvimento. É aquela que caminha paralela à nossa que nos permite a melhor
observação, e que nos fornece a autoidentificação. Mas quem é que pode dizer
qual é a melhor direção? O caminho mais avançado? Será que o que parece parado
para nós está realmente parado? Como saber?

Relativizando nosso olhar
De qual prato você gosta mais? Existe um que
seja “superior”?



Reflita!
“O domínio da vida social é essencialmente o
domínio da diferença.” Marcel
Mauss

Perguntas
Como não nos fecharmos em preconceitos?
Como nos manter abertos para a diversidade
cultural?
Nenhum comentário:
Postar um comentário