E.E. Prof João Pedro do Nascimento
Atividade de Língua Portuguesa e Literatura - 26 a 30/10
Professora: Tatiane V. Cardoso Barbosa
Objetivo da aula: Reconhecer a personificação enquanto recurso estilístico.
Habilidade: Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário com os contextos de produção, para atribuir significados de leituras críticas em diferentes situações, chamada aqui de habilidade essencial.
Quando se atribuem a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou ações próprias dos seres humanos, temos uma personificação.
OS VIAJANTES E O URSO
Dois homens viajavam juntos quando, de repente, surgiu um urso de dentro da floresta e parou diante deles, urrando. Um dos homens tratou de subir na árvore mais próxima e agarrar-se aos ramos. O outro, vendo que não tinha tempo para esconder-se, deitou-se no chão, esticado, fingindo de morto, porque ouvira dizer que os ursos não tocam em homens mortos.
O urso aproximou-se, cheirou o homem deitado e voltou de novo para a floresta. Quando a fera desapareceu, o homem da árvore desceu apressadamente e disse ao companheiro:
– Vi o urso a dizer alguma coisa no teu ouvido. Que foi que ele disse?
– Disse que eu nunca viajasse com um medroso.
Na hora do perigo é que se conhecem os amigos.
(Versão de Guilherme Figueiredo.)
Você concorda com a moral da história? Justifique.
Quais outros personagens da cultura pop você conhece que são humanizados, ou seja, são personificados?
Você conhece a fábula da Cigarra e da Formiga?
O poeta Bocage traduziu para o idioma português a versão escrita por La Fontaine
Tendo a cigarra em cantigas
Passado todo o verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brilho,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
– “Amiga”, diz a cigarra,
– “Prometo, à fé d'animal,
Pagar-vos antes d'agosto
Os juros e o principal.“
A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
– “No verão em que lidavas?”
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: – “Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.”
– “Oh! bravo!”, torna a formiga.
– “Cantavas? Pois dança agora!”
‘[...]
Responde a outra: – “Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.”
[...]’
Ao responder que “cantava”, a cigarra se refere ao que fez durante todo o verão. Esta é apenas parte do que fazia.
O que a cigarra fazia durante todo o verão?
Qual figura de linguagem está presente nestes versos?
Se você estivesse na situação da Formiga, você ajudaria a Cigarra? Justifique.
Até a próxima aula!!